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Nas redes sociais, o prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (PSD), anunciou nesta terça-feira (21) está preparando uma proposta para internação compulsória de usuários de drogas nas ruas da cidade.
Paes anunciou que pediu ao secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, para elaborar a medida.
A política foi empregada pelo prefeito em sua 1ª gestão (2009-2012) e foi suspensa após críticas de especialistas e ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Eduardo Paes explicou por que voltou ao tema. Ele acontece dias após o latrocínio de um fã de Taylor Swift em Copacabana (RJ).
“Já determinei ao Secretário Daniel Soranz que prepare proposta para que possamos implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas. Não é mais admissível que diferentes áreas de nossa cidade fiquem com pessoas nas ruas que não aceitam qualquer tipo de acolhimento e que mesmo abordadas em diferentes oportunidades pelas equipes da prefeitura e autoridades policiais, acabem cometendo crimes”, afirmou nas redes sociais.
“Não podemos generalizar mas as amarras impostas às autoridades públicas para combater o caos que vemos nas ruas da cidade, demanda instrumentos efetivos para se evitar que essa rotina prossiga”, completou.
Ao site g1, Daniel Soranz informou que a ideia é que sejam realizadas internações por um curto tempo, de forma a iniciar o tratamento de pacientes em situação grave e que não possuem condições de responder pelos próprios atos.
“A gente tem visto isso sucessivas vezes. Ontem [segunda-feira, 20], um menino jovem morreu de overdose. A gente tem visto uma série de pessoas que são usuárias de drogas e que estão morrendo sem tratamento e acolhimento”, afirmou Soranz ao portal.
O rapaz a que o secretário se refere é um homem de cerca de 20 anos, e que estava há meses fora de casa.
O secretário disse também que o objetivo é reduzir a mortalidade de uma população que, de acordo com ele, tem uma expectativa de vida muito baixa, e frear o crescimento de pessoas nesta situação.
Soranz afirmou ainda que tem consciência de que a decisão envolve uma questão jurídica complexa e que a decisão se refere apenas a pessoas que não possuem condições de responder por si.
“Uma coisa é a população de rua, pessoas que têm o direito de ir e vir. Outra coisa é o paciente que vai morrer se não cuidarmos. Pessoas que são zumbis andando pelas ruas e que, uma hora ou outra, morrem de overdose ou atropelamento, por exemplo”, afirmou.