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Nesta quarta-feira (17), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou a falta de políticas de segurança pública mais claras e eficazes na agenda de países progressistas da América Latina.
De acordo com ele, essa falta de políticas de segurança pública atribuem o aumento da violência somente à pobreza crônica histórica e à desigualdade social.
A declaração de Barroso foi dada durante participação em um dos debates do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
O ministro do STF foi questionado sobre como enxerga a corrupção e a violência que toma conta dos países da América Latina. A violência foi agravada recentemente pela onda de ataques de criminosos no Equador.
Segundo Barroso, o combate se dá através de políticas públicas mais eficazes que a “agenda progressista” precisa entender e aplicar, e não somente, de acordo com o magistrado, ficar buscando no passado os motivos que levaram a esse recrudecimento da violência no presente.
“O pensamento progressista sempre negligenciou, em alguma medida, a questão da segurança pública atribuindo a tão somente à pobreza e à desigualdade, o que é um fato. Mas, pobre também precisa de segurança pública e nós nos atrasamos”, disse Barroso.
O presidente do Supremo lembrou, antes de fazer a crítica, que o passado colonial latino-americano provocou uma “ocupação territorial inadequada” que deixou um grande legado de pobreza e desigualdade que levaram à situação de hoje.
Como exemplo, Barroso citou que quase 30% da população da América Latina vive abaixo da linha da pobreza.