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Durante uma audiência na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados na quarta-feira (5), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez um comentário que foi considerado transfóbico contra a deputada Erika Hilton (Psol-SP).
Enquanto Hilton criticava a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) fora dos microfones, declarando “Ultrapassada. Vai hidratar esse cabelo. Vai se cuidar, pelo amor de Deus”, Nikolas respondeu: “Pelo menos ela é ela”, estando sentado na mesma bancada.
A repercussão do incidente ocorreu nas redes sociais, onde Júlia Zanatta se disse estar surpresa com as mulheres presentes na sessão que aparentemente riram do comentário de Hilton.
“Falei que o transativismo violentava mulheres. Porque estávamos recebendo uma ministra da mulher que não define o que é mulher. Pois bem. A deputada do cabelo bonito começou a dizer que sou feia e bla bla bla e mandou eu hidratar meu cabelo. Eu penso que essa pessoa não se olha no espelho. O que mais me impressiona são as mulheres ali ao lado de risadinha e tal. Logo mais serão elas…quando tentarem falar a verdade ou enxergar a realidade será tarde demais. Cafona mesmo é não se amar do jeito que Deus nos fez”, escreveu Zanatta em rede social.
Erika Hilton se pronunciou sobre o caso em seu perfil no Twitter nesta quinta-feira (6), citando uma frase do ativista norte-americano Malcom X: “Não confundam a reação do oprimido com a violência do opressor”. A discussão, gravada durante a audiência, foi exposta nas redes sociais do próprio deputado, autor da agressão.
A transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019, quando os ministros determinaram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.