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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) declarou neste domingo (18) que Silvio Santos, o icônico apresentador de televisão, poderia ter sido um “candidato muito forte” à Presidência da República na eleição de 1989. Naquele ano, Silvio, então proprietário do SBT, tentou concorrer ao cargo máximo do país pelo extinto PMB (Partido Municipalista Brasileiro), mas sua candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Poucas pessoas eram tão conhecidas e queridas quanto ele. [Silvio] acabou não sendo candidato, mas serviu ao Brasil em sua área de influência”, afirmou Alckmin em entrevista ao canal CNN Brasil. Ele ainda mencionou que seria “difícil prever” como Silvio se sairia na disputa, mas reconheceu que o apresentador era “uma figura pública das mais admiradas e queridas”.
Silvio Santos tentou oficializar sua candidatura em 31 de outubro de 1989, apenas duas semanas antes do primeiro turno das eleições presidenciais, realizado em 15 de novembro daquele ano. A candidatura de Silvio veio como substituição a Armando Corrêa, então candidato oficial do PMB, que abriu mão da disputa em favor do comunicador. No entanto, em 9 de novembro de 1989, o TSE decidiu, por unanimidade, indeferir a candidatura de Silvio devido a irregularidades no registro do partido.
Durante a curta campanha, Silvio Santos prometeu “liquidar a inflação”, um dos maiores problemas enfrentados pelo Brasil na época. O famoso jingle “É o 26, é o 26! Com Silvio Santos chegou a nossa vez” ainda é lembrado por aqueles que viveram as intensas eleições de 1989.
A entrada de Silvio na disputa ocorreu em um momento crítico para a política brasileira, nas primeiras eleições diretas após a redemocratização. Inicialmente cotado para concorrer pelo PFL (atual DEM), Silvio enfrentou resistência interna e acabou encontrando espaço no PMB. O pedido de registro da chapa Silvio Santos e Marcondes Gadelha foi feito a apenas 11 dias das eleições, quando as cédulas eleitorais já estavam impressas com o nome de Corrêa.
Mesmo em uma campanha tão curta, Silvio conseguiu se destacar nas pesquisas, chegando a superar candidatos fortes como Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola em levantamentos da época. No entanto, sua candidatura durou apenas 23 dias e foi encerrada após 18 pedidos de impugnação serem aceitos pelo TSE, que concluiu que o PMB não havia cumprido as exigências da Lei Eleitoral.
Com o fim de sua breve corrida ao Palácio do Planalto, Silvio Santos optou por continuar à frente de seus programas de auditório e manter boas relações com os políticos que assumiram o poder nos anos seguintes.