O Governo Lula não deve incluir um reajuste dos benefícios do Bolsa Família para o próximo ano. Membros do Palácio do Planalto e de ministérios envolvidos na discussão informaram que o orçamento destinado ao programa social não deve sofrer um aumento significativo.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável pelo Bolsa Família, confirmou ao g1 e à TV Globo que não há previsão de reajuste dos benefícios em 2025.
Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão finalizando a proposta de Orçamento para 2025, que detalha os gastos de cada ministério e programa. O projeto será apresentado na próxima semana.
Segundo Wellington Dias, a inflação está controlada, o que permite que o valor médio atualmente pago às famílias, R$ 681,09 por mês, mantenha o poder de compra dos beneficiários. Em agosto, o programa irá transferir renda para 20,76 milhões de famílias.
Wellington Dias afirmou que não há nenhum estudo ou levantamento para reajuste, pois, na atual realidade do Brasil, o poder de compra está preservado.
Ele explicou que, com o valor pago no ano passado, ainda é possível adquirir os produtos necessários, com base na cesta básica, para essas famílias.
Dias também mencionou que cada família tem recebido, em média, R$ 230 por integrante, valor considerado adequado para que uma pessoa saia da condição de pobreza.
O ministro de Lula acrescentou que um eventual reajuste poderá ser discutido se o governo detectar uma inflação mais acentuada para a população de baixa renda.
Segundo ele, o presidente está atento e quer garantir que os mais pobres mantenham o poder de compra necessário para que o Brasil possa ser retirado do Mapa da Fome e para que seja promovida a dignidade.
O Ministério do Planejamento, responsável pela elaboração do Orçamento, não se manifestou sobre a proposta orçamentária de 2025.
