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Em um novo capítulo da crise na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Polícia Militar invadiu o campus Maracanã na tarde desta sexta-feira (20), utilizando bombas de efeito moral para dispersar os estudantes que ocupavam os prédios. A ação, autorizada pela Justiça, gerou confronto e deixou ao menos três estudantes detidos. A invasão da PM gerou revolta entre os manifestantes, que atearam fogo em pneus na Avenida Rei Pelé em protesto. O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que estava no local para apoiar os estudantes, também foi detido.
A ocupação da UERJ, iniciada em julho, é um protesto contra o Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA), apelidado de “AEDA da Fome” pelos estudantes. A medida, que altera os critérios para a concessão da bolsa de apoio à vulnerabilidade social, afeta cerca de 5 mil alunos.
Apesar de uma decisão judicial anterior determinar a desocupação do campus, os estudantes resistiram, alegando que a medida prejudica seus direitos e dificulta o acesso à educação. A tensão aumentou nos últimos dias, com confrontos entre estudantes e seguranças da universidade.