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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, informou que a abstenção no primeiro turno das eleições municipais, realizadas neste domingo (6), foi de 21,71%. Este índice representa um aumento em relação aos 17,58% registrados nas eleições de 2016, mas uma redução em comparação aos 23,15% de abstenção observados em 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19.
Durante uma coletiva de imprensa no TSE, Cármen Lúcia destacou que, apesar da redução em relação a 2020, a taxa de abstenção permanece alta. “Nós tivemos um índice de abstenção que continua sendo alto para os nossos padrões”, afirmou a ministra.
O percentual de eleitores que não compareceram às urnas neste ano é o segundo maior desde 2000, apenas atrás dos índices verificados durante a pandemia em 2020. O menor registro de abstenção ocorreu em 2004, com 14,22%. Cármen Lúcia citou a comparação com outros anos, mencionando que a taxa de 2016 foi de 17,6% e reforçando que o elevado índice atual pode refletir uma série de fatores. “Embora a alta abstenção nesta eleição não tenha uma justificativa única, dados como esse podem fazer com que a Justiça Eleitoral pense em como incentivar o eleitor a querer e ter vontade de votar”, disse.
Em relação ao cenário de violência que precedeu as eleições, a ministra comentou que as causas são variadas e não têm uma conexão direta com a abstenção. “Ninguém deixa de votar esperando que isso aconteça”, declarou.
Por fim, Cármen Lúcia defendeu a importância da democracia e das instituições do Estado democrático, enfatizando a necessidade de manter a integridade do sistema. “Nós retomamos uma condição de considerar normal, válido, e não depreciar as instituições na busca de romper com a institucionalidade democrática, que contraria a própria sociedade”, concluiu.