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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta quarta-feira (5), que a inflação no Brasil “está razoavelmente controlada”, mas reconheceu que o aumento dos preços dos alimentos ainda afeta o orçamento das famílias brasileiras. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, o petista afirmou que o governo está empenhado em conter os reajustes e impedir que a população seja ainda mais impactada.
“Nós levamos a inflação muito a sério e eu acho que ela está razoavelmente controlada. A nossa preocupação é apenas evitar que os preços dos alimentos continuem prejudicando o povo brasileiro. Por isso, a gente tem feito reuniões sistemáticas com os setores. A carne está muito alta, temos outros produtos que estão [em] alta e nós precisamos discutir com os setores o porquê de esses preços crescerem tanto de 12 meses para cá. Nós vamos controlar a inflação”, afirmou Lula.
O presidente também abordou a possibilidade de reajustes nos combustíveis, enfatizando que, mesmo com aumentos no preço do diesel, os valores continuam abaixo dos registrados em dezembro de 2022. Ele garantiu que o governo está estudando formas de minimizar os impactos no transporte e nos preços dos alimentos.
“E o reajuste que poderá ser feito na Petrobras no diesel ainda está menor do que estava em dezembro de 2022. Ainda está mais baixo, tanto diesel quanto gasolina. Nós estamos discutindo como fazer a compensação na hora do reajuste, que pode impactar no preço do transporte, dos alimentos. Estamos discutindo isso. Nós temos consciência que vamos baixar a inflação e o custo de vida. E a cesta básica vai ficar mais acessível”, completou o presidente.
Alimentos e transporte pressionam inflação
Apesar da declaração de Lula, a inflação dos alimentos segue elevada e deve persistir ao longo de 2024. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o segmento de alimentos e bebidas foi o que mais impactou a inflação de dezembro, atingindo especialmente as famílias de baixa renda. Entre os itens que mais pesaram no bolso dos brasileiros estão carnes, ovos, óleo de soja e café.
Além dos alimentos, o aumento no valor das passagens de transporte público também tem sido um fator de preocupação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, destacou que o impacto dos reajustes é mais severo para quem recebe até R$ 5.304. Diante desse cenário, muitas famílias têm precisado readequar seus orçamentos.
Governo ainda não anunciou medidas para conter inflação
Até o momento, o governo federal não divulgou medidas concretas para frear a alta dos preços. Em declaração feita no último dia 30 de janeiro, Lula afirmou que pretende impulsionar a produção sem criar um mercado paralelo ou adotar políticas intervencionistas.
“Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravatas. Não farei cota, não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi como foi feito no tempo do Plano Cruzado. Não vou estabelecer nada que possa significar surgimento de mercado paralelo”, disse o presidente.
Enquanto o governo estuda soluções para conter a inflação, consumidores seguem sentindo os impactos no dia a dia, especialmente nos supermercados e no transporte público. A expectativa agora é que o Executivo anuncie medidas concretas para amenizar os aumentos e garantir maior estabilidade econômica.
