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O Departamento de Saúde de Nova York (NY) tornou na quinta-feira (23) elegíveis para a vacina contra varíola dos macacos homens gays, bissexuais e que fazem sexo com homens (cisgêneros ou transgêneros).
Antes, assim como nas demais jurisdições americanas, NY só oferecia o imunizante a pessoas identificadas como contatos próximos de alguém com suspeita ou confirmação da doença.
A administração municipal reforçou que qualquer pessoa pode pegar e espalhar a varíola, porém, homens da comunidade LGBT+ têm sido a maioria dos infectados no atual surto da doença.
Por isso, tornou aqueles com 18 anos ou mais que tiveram múltiplos parceiros sexuais nos últimos 14 dias, elegíveis à vacina.
O imunizante utilizado é a Jynneostm, ou Jynneos, em um esquema de duas doses, com intervalo de quatro semanas. O departamento destacou que ser vacinado logo após uma exposição reduz o risco de desenvolver a doença. Apenas uma clínica faz a aplicação da vacina na cidade.
“Os membros da comunidade LGBT+ sempre foram defensores ferrenhos de seus direitos, incluindo, e especialmente, quando se trata de ter acesso oportuno a cuidados de saúde”, disse Ashwin Vasan, comissário de saúde da cidade.
“A vacinação contra a varíola é uma ferramenta crítica para permitir que os nova-iorquinos se protejam e ajudem a retardar a propagação da varíola em nossa cidade”.
O prefeito Eric Adams frisou que a abertura da clínica é “uma ferramenta crítica para manter os nova-iorquinos saudáveis”. “Estamos preparados, não em pânico”.
Diretor-médico do Callen-Lorde Community Health Center, clínica de cuidados primários a pessoas LGBT+, Peter Meacher, avaliou que a medida foi um “passo importante”. Porém, disse que “é igualmente importante lembrar que a identidade não é um fator de risco”.
“Devemos estar atentos para não estigmatizar comunidades que possam ser afetadas desproporcionalmente”.