Nesta sexta-feira (21), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS). Este medicamento é o único registrado no país para tratar pacientes com doença de Parkinson associada à demência.
A decisão, recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), baseia-se na eficácia da rivastigmina no controle dos sintomas cognitivos da doença. Cerca de 30% dos pacientes com Parkinson desenvolvem demência, e até então não havia tratamento medicamentoso disponível no SUS para esses casos.
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer, que já tem tratamento com rivastigmina disponível na rede pública. Entre indivíduos com mais de 40 anos, a incidência de Parkinson varia de 100 a 200 casos por 100 mil pessoas, aumentando significativamente após os 60 anos.
A demência associada ao Parkinson provoca lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, além de alucinações, delírios e apatia. Até agora, não havia opções de tratamento medicamentoso disponíveis no SUS para esses sintomas.
Atualmente, o SUS oferece tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, além de implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral, com o objetivo de deter a progressão e reduzir os sintomas da doença de Parkinson.
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