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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a necessidade de um esforço global coordenado para conter a epidemia de mpox, antes conhecida como varíola dos macacos.
Durante uma reunião com autoridades sanitárias de vários Estados-membros, Tedros destacou que serão necessários US$ 135 milhões nos próximos seis meses para implementar um plano de resposta eficaz contra a disseminação da doença.
Ele afirmou que a nova epidemia de varíola dos macacos pode ser controlada e interrompida, mas isso exige uma ação conjunta entre agências internacionais, parceiros, sociedade civil, pesquisadores, fabricantes e Estados-membros.
Tedros apresentou uma visão geral do Plano Estratégico Global de Preparação e Resposta à Mpox em Genebra e reiterou que a estimativa inicial para financiar o plano é de aproximadamente US$ 135 milhões para combater a fase aguda da epidemia.
Na quarta-feira (21), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) fez um apelo por US$ 18,5 bilhões para oferecer cuidados de saúde essenciais a migrantes e deslocados em várias regiões da África, que estão sob risco de surtos de mpox.
A diretora-geral da OIM, Amy Pope, expressou preocupação com a propagação da mpox na África Oriental, no Chifre da África e no sul da África, especialmente entre migrantes vulneráveis e comunidades de acolhimento frequentemente negligenciadas durante crises.
A OIM, como principal organização intergovernamental que promove a migração ordenada, destacou a urgência de proteger os mais vulneráveis e reduzir o impacto da epidemia na região.
Globalmente, pelo menos seis países africanos já confirmaram casos da nova variante 1b da mpox: República Democrática do Congo, Uganda, Ruanda, Burundi, Quênia e Costa do Marfim. Na Europa, a Suécia e, na Ásia, a Indonésia também registraram infecções pela nova variante, com pacientes que estiveram em países africanos afetados pela doença.
Na Tailândia, uma equipe de vigilância sanitária identificou 43 pessoas que tiveram contato próximo com um paciente e orientou essas pessoas a monitorar possíveis sintomas nos próximos 21 dias, como febre, erupção cutânea e gânglios linfáticos aumentados, e buscar atendimento médico caso apresentem sinais da doença.
No Brasil, o governo informou que não há casos da nova variante da mpox no país. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2024, o Brasil registrou 791 casos da doença, todos da variante 2b, já conhecida.
A prioridade agora é reforçar a vigilância para garantir respostas rápidas e eficazes, conforme destacou o ministério em nota.
Esta semana, autoridades sanitárias argentinas colocaram em quarentena um navio que partiu do Brasil após um tripulante apresentar sintomas compatíveis com mpox.
O Ministério da Saúde argentino revelou que o navio, com bandeira da Libéria e proveniente de Santos (SP), teve um tripulante de nacionalidade hindu com lesões cutâneas predominantes no tronco e no rosto.
No entanto, exames laboratoriais confirmaram que o tripulante testou positivo para varicela, uma doença com sintomas semelhantes aos da varíola dos macacos, incluindo febre e lesões cutâneas.
Assim, a Argentina segue sem casos confirmados da nova variante da doença identificada na África.