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O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (19) que a vacina oral contra a poliomielite (VOP) deixará de ser aplicada até 4 de novembro deste ano, sendo substituída pela vacina inativada contra a poliomielite (VIP), de aplicação injetável.
A decisão de descontinuar a VOP foi tomada em julho de 2023, após aprovação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), e segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta todos os países a abandonarem o uso da gotinha. Vale destacar que os Estados Unidos e os países europeus não utilizam a VOP há mais de uma década.
A transição da vacina oral para a injetável será gradual e deverá ser consolidada nos próximos dois meses. Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) estabelece que todas as crianças menores de 5 anos recebam três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses de vida, seguidas por duas doses de reforço com a VOP, aos 15 meses e 4 anos.
A partir de novembro, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da VIP receberão apenas um reforço aos 15 meses, eliminando a necessidade da dose aos 4 anos.
A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa provocada pelo poliovírus, que pode ser transmitido por contato direto com fezes ou secreções orais de indivíduos infectados. Embora a doença tenha sido erradicada no Brasil em 1994, a recente queda na cobertura vacinal acende alertas entre especialistas, que temem um possível retorno da enfermidade.
Em casos graves, o vírus pode atingir a corrente sanguínea e afetar o cérebro, resultando em danos ao sistema nervoso central e, potencialmente, em paralisia irreversível.