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Nos dias 19 e 20 de setembro, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) realizou ações preventivas no Amazonas com o intuito de conscientizar a população sobre os cuidados necessários durante o período de estiagem severa, queimadas e baixa qualidade do ar. As atividades foram direcionadas especialmente para os territórios indígenas e incluíram uma avaliação da capacidade de assistência à população local. Houve também uma visita técnica à Casa de Saúde Indígena (Casai), em Manaus.
A Secretária Estadual de Saúde do Amazonas, Nayara Moraes, entregou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando apoio no enfrentamento da estiagem, destacando a necessidade de reforço logístico nas áreas afetadas. No estado, aproximadamente 1,5 mil comunidades estão isoladas em razão da seca e das queimadas.
Juliana Lima, enfermeira e coordenadora da ação da Força Nacional do SUS, informou que foi identificada a necessidade de apoio logístico para a entrega de água e alimentos, além de assistência à saúde. Ela acrescentou que o mapeamento das áreas mais afetadas será apresentado em breve.
O Ministério da Saúde intensificou as medidas de apoio aos estados e municípios atingidos pela crise climática, que tem gerado graves necessidades humanitárias, como a distribuição de água e alimentos. Além do Amazonas, o Acre também recebeu equipes da Força Nacional do SUS na última semana, onde foram realizadas visitas técnicas, assistência em comunidades ribeirinhas, avaliação de dados epidemiológicos e articulação de ações com governos estaduais e municipais.
Na próxima semana, as equipes estarão em Rondônia para mapear a situação no estado. O Ministério da Saúde tem prestado apoio a diversos estados afetados pela seca e queimadas, com o objetivo de monitorar a capacidade de assistência e elaborar planos de resposta para emergências de saúde pública. O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, reafirmou que mitigar os efeitos das queimadas é uma prioridade.
Atualmente, cerca de 10% dos municípios do Amazonas estão isolados, como Benjamin Constant, onde a remoção de pacientes por via fluvial já não é possível, sendo essa a única forma de acesso à cidade. Segundo Massuda, a ministra da Saúde determinou a mobilização da Força Nacional do SUS para entender melhor as questões locais e conhecer a rede de assistência do estado.