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Recentemente, um juiz em New Brunswick, no Canadá, bloqueou a guarda compartilhada de um pai de três filhos por sua recusa em receber uma vacina contra o Covid-19, de acordo com o jornal canadense CBC News.
Os pais dividem a guarda de seus três filhos, incluindo uma criança imunocomprometida de 10 anos, desde que se separaram em 2019. A mãe pediu a alteração do acordo de custódia no ano passado porque o pai e sua nova esposa recusaram a vacinação.
A mãe disse que estava preocupada com o status de não vacinado do casal devido ao tratamento contínuo de sua filha para tumores não cancerosos em seus vasos sanguíneos.
A juíza Nathalie Godbout disse que sua decisão, tomada na segunda-feira passada, foi com um “coração pesado”, mas foi pelo bem da criança devido à continuidade da pandemia de Covid-19 e ao recente aumento de casos relacionado à variante Ômicron.
A juíza disse que a recusa do pai em ser vacinado tem consequências para ele e seus filhos, que “devem ter a melhor chance possível de evitar a infecção pelo Covid-19”. Ela afirmou também ter cedido ao pai um tempo “generoso” para exercer sua paternidade por telefone ou por chamadas de vídeo enquanto ele permanece sem se vacinar, informou o Toronto Star.
Se o pai tomar a vacina, poderá fazer um pedido urgente ao tribunal para recuperar a guarda.
Embora o pai não tenha dado seu consentimento para que aos filhos fossem vacinados, o tribunal decidiu que a mãe poderia seguir em frente com a vacinação das crianças.
“Este não é um caso em que ela quer tirar os filhos do pai”, disse Grant Ogilvie, advogado da mãe no caso, informou a CBC. “Trata-se do que é melhor para as crianças, ponto final. Ela reconheceu que a decisão terá um impacto nas crianças, mas disse: ‘Tenho que fazer o que é melhor para elas’”.
O caso ocorre na mesma época em que um morador de Quebec perdeu a custódia de seu filho de 12 anos de dezembro até fevereiro por causa de sua recusa em ser vacinado, de acordo com a BBC News. O pai, nesse caso, pediu para estender seu tempo de visitação de férias com seus filhos quando a mãe alegou ao tribunal que descobriu que ele não havia se imunizado e usou suas redes sociais para fazer postagens contra as vacinas.
O juiz de Quebec decidiu que não era “do melhor interesse da criança ter contato com o pai” devido ao aumento de casos de Covid-19 na área naquele momento.