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Dois moradores de Brasília, retidos no aeroporto da Cidade da Guatemala após terem a entrada no país negada, retornaram ao Brasil na madrugada desta sexta-feira (22). Eles passaram seis dias em um alojamento do aeroporto, que descreveram como sujo, com presença de baratas e sem chuveiros para banho.
Lucas Alves e João Vitor de Sousa, ambos de 25 anos, relataram que dividiram o espaço com cerca de 20 outros imigrantes. Eles afirmaram que não foram avisados previamente pela companhia aérea Copa Airlines sobre o voo que os traria de volta ao Brasil.
João descreveu que, no momento da partida, o clima era de confusão, com funcionários apenas ordenando que embarcassem rapidamente, enquanto ele e Lucas monitoravam o site da companhia aérea e viam assentos vagos durante a semana.
Apesar disso, só conseguiram retornar na madrugada desta sexta. Para Lucas, a sensação agora é de alívio, felicidade e confusão emocional após os dias difíceis.
O Itamaraty informou, por meio de nota divulgada no início da semana, que estava ciente do caso e prestando assistência consular aos brasileiros. No entanto, não esclareceu os motivos que levaram à proibição da entrada dos dois no país. A Copa Airlines não comentou o ocorrido.
Lucas e João haviam saído de Brasília no dia 14 de novembro, acompanhados de dois amigos, para conhecer a Guatemala. O grupo tinha previsão de retorno ao Brasil no próximo dia 29. No entanto, ao desembarcarem no aeroporto guatemalteco no dia 15, os dois foram barrados pela imigração. Desde então, permaneceram em um alojamento dentro do terminal, sem permissão para sair.
De acordo com vídeos gravados por eles, o local era improvisado e precário. Durante o período em que ficaram retidos, não havia banheiros com chuveiros, obrigando-os a permanecer sem banho. O espaço era compartilhado por homens, mulheres e crianças, com sujeira, baratas e um forte mau cheiro. Lucas explicou que a justificativa apresentada pelas autoridades de imigração foi uma “inconsistência de informações”, o que ele considerou incoerente, já que os quatro amigos apresentaram os mesmos documentos, mas apenas dois tiveram a entrada liberada.