A execução do serial killer (assassino em série) Thomas Eugene Creech, de 73 anos, foi suspensa na quarta-feira (28) após a equipe médica responsável pela injeção letal não conseguir encontrar uma veia para administrar o veneno.
Creech, um dos condenados à morte há mais tempo na prisão americana (cumprindo pena há 50 anos), foi condenado por cinco homicídios em três estados diferentes e era suspeito de outros crimes.
Na quarta-feira, ele foi levado ao local da execução em uma instituição de segurança máxima no estado de Idaho. Três membros da equipe médica tentaram encontrar uma veia para injetar o veneno, realizando oito tentativas de inserir um cateter em um vaso sanguíneo. Em alguns casos, não havia acesso a uma veia, em outros, o receio era de que a via apresentasse problemas durante o procedimento.
As tentativas foram feitas em veias dos braços, pernas, mãos e pés. Após cerca de uma hora, a execução foi suspensa. Essa seria a primeira execução no estado de Idaho em 12 anos.
A equipe responsável pela execução era composta por voluntários, cujas identidades não foram reveladas, e utilizaram máscaras para esconder seus rostos. Durante as tentativas de injeção, Creech olhou diversas vezes para seus familiares que estavam em um cômodo ao lado.
O diretor do departamento de penas, Josh Tewalt, mencionou a existência de outras formas de execução, mas ressaltou a existência de um artigo na Constituição dos EUA que proíbe penas cruéis ou incomuns.
Os advogados de Creech entraram na Justiça pedindo a suspensão da execução, argumentando que a “tentativa de execução terrivelmente malfeita” demonstra a “incapacidade do departamento de realizar uma execução humana e constitucional”. O tribunal concedeu a suspensão, e agora o estado precisará obter outro mandado de execução se quiser levar o caso adiante.
