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Condições climáticas difíceis e doenças estão afetando a produção de cacau na África Ocidental, região responsável por cerca de 70% do fruto utilizado na fabricação de chocolate em todo o mundo. Os dois maiores produtores, Costa do Marfim e Gana, foram recentemente atingidos por uma combinação de fortes chuvas, calor seco e doenças.
Segundo um relatório de novembro da Organização Internacional do Cacau (ICCO), o final do ano passado foi marcado por chuvas intensas e a propagação da doença conhecida como “podridão negra” nesses dois países, o que prejudicou a produção agrícola. O documento da ICCO aponta ainda que as péssimas condições das estradas dificultaram o transporte dos grãos de cacau disponíveis até os portos de exportação.
“Como esses dois principais países produtores fornecem cerca de dois terços dos grãos de cacau do mundo, qualquer alteração em sua produção tende a ter um impacto significativo no mercado do cacau”, afirmou a ICCO.
De acordo com um relatório divulgado pela ICCO em fevereiro, as chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim e de Gana sofreram quedas de 28% e 35%, respectivamente, desde o início da safra, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A gigante do chocolate Hershey, por exemplo, prevê um crescimento estável de seus lucros para o ano devido ao aumento dos preços do cacau. A empresa divulgou um lucro líquido de US$ 349 milhões no quarto trimestre, representando uma diminuição de cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.