As mortes súbitas durante atividade sexual são consideradas raras, afetando apenas uma pequena porcentagem da população, e não são exclusivas de pessoas mais velhas. Cerca de 0,6% de todos os casos de morte súbita ocorreram durante o ato sexual, o que evidencia a possibilidade desse evento em diferentes faixas etárias.
Embora casos de pessoas mais velhas falecendo durante o sexo sejam amplamente divulgados, como o caso do pai do ator Matthew McConaughey em 1992, fatalidades desse tipo podem ocorrer em qualquer idade. Fatores de risco incluem malformações cardíacas e uso de drogas.
Um estudo de 2022 revelou que a idade média das pessoas que faleceram durante o sexo foi de 38 anos. A análise desses casos incluiu dados de 17 incidentes registrados em um hospital do Reino Unido entre 1994 e 2020, envolvendo 11 homens e 6 mulheres, dos quais apenas quatro tinham histórico prévio de doenças cardíacas.
A causa mais comum de morte durante o sexo foi a síndrome de morte arrítmica súbita (SADS), que ocorre quando há uma parada cardíaca sem causa aparente. Suspeita-se que fatores genéticos possam contribuir para essas alterações cardíacas.
Pesquisas indicam que muitos desses casos podem ser atribuídos a uma combinação de esforço físico e uso de drogas, sejam elas legais ou ilegais. Medicamentos para disfunção erétil e drogas como a cocaína são apontados como fatores de risco.
Tanto o esforço físico quanto o uso de substâncias podem aumentar o fluxo cardíaco, o que pode desencadear condições coronárias pré-existentes ou movimentar coágulos até o coração.
Em estudos anteriores, foi observado que em apenas um terço dos casos de morte súbita durante o sexo, os parceiros das vítimas tentaram realizar massagens cardíacas para reanimá-las. A média de idade dessas mortes não ultrapassou os 59 anos em nenhum dos estudos analisados.
É aconselhável que, mesmo com o risco considerado baixo, pessoas que têm casos de morte súbita na família consultem um cardiologista para avaliar a saúde do coração.
