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O Conselho de Administração da Petrobras decidiu, em reunião na última sexta-feira (19), propor a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários retidos em março, cerca de R$ 43,9 bilhões. A proposta, que ainda precisa ser aprovada em assembleia de acionistas no dia 25 de abril, diverge da posição inicial do governo, que defendia a distribuição total dos dividendos.
Anteriormente, em uma reunião prévia à de sexta-feira, representantes do governo se opuseram à medida, defendendo, por uma margem de 6 votos a 4, a retenção dos dividendos.
No início do mês, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, decidiram durante uma reunião no Palácio do Planalto que iriam pleitear o pagamento de 100% dos dividendos da Petrobras aos acionistas.
A proposta de distribuir metade dos proventos, totalizando R$ 43,9 bilhões, foi elaborada com base em dados técnicos da estatal e divulgada na sexta-feira (19/4).
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, explicou que a diretoria da empresa, liderada por ele, tomou sua decisão sobre o assunto com a proposição de distribuir 50% do valor.
Em 7 de março, contudo, a maioria do Conselho de Administração da empresa optou por reter toda a quantia. Agora, o presidente da companhia afirmou que o governo irá instruir seus conselheiros sobre como definir a questão.
Quanto a um possível aumento no preço dos combustíveis no Brasil, Jean Paul Prates afirmou que, no momento, não há razão para ajustes. Ele destacou que estão avaliando as condições do mercado internacional e que não há motivo para alarme, observando que o preço do petróleo sugere estabilidade.
Na quinta-feira, Jean Paul Prates afirmou que a decisão final sobre o pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas será tomada pelo governo. A declaração foi dada em entrevista a jornalistas ao final de um evento no Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), no Rio de Janeiro.