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O governo dos Estados Unidos divulgou informações que contradizem a versão apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a última entrada de Filipe Martins no país. Segundo documentos da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, Martins esteve nos Estados Unidos pela última vez em setembro de 2022, não em dezembro do mesmo ano como afirmado anteriormente, relatou a Gazeta do Povo nesta quarta-feira (12).
Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, encontra-se sob prisão preventiva desde fevereiro de 2024, acusado por Moraes de envolvimento em uma suposta trama de golpe de Estado. A decisão de manter Martins preso se baseava na alegação de que ele teria tentado fugir do país em dezembro de 2022, embarcando em um voo presidencial com destino a Orlando, nos EUA.
Contudo, ainda conforme o veículo, o formulário I-94, utilizado para registrar entradas e saídas de visitantes nos EUA, indica que a última entrada de Martins foi registrada em 18 de setembro de 2022, quando ele visitou Nova York. Essa informação contradiz as evidências apresentadas por Moraes, que sustentava a tese de risco de fuga com base na viagem de dezembro.
Evidências anteriores já haviam sugerido que Martins não estava presente no voo presidencial de 30 de dezembro, apesar de seu nome constar na lista de passageiros. Sua defesa argumentou que ele estava no Brasil, tendo realizado um voo doméstico de Brasília para Curitiba no dia seguinte ao voo em questão, além de apresentar fotos que comprovavam sua presença no país na data.
Após a divulgação dos novos registros pela alfândega americana, Moraes solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública esclarecimentos adicionais sobre as movimentações de Martins nos EUA. O governo brasileiro aguarda a resposta oficial dos Estados Unidos para esclarecer o impasse quanto à presença de Martins no voo de dezembro.