Nesta quarta-feira (26/6), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reagiu à decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que proibiu a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de realizar dispersões de multidões na Cracolândia, localizada no centro da cidade. Em entrevista, Nunes afirmou que traficantes que enfrentarem a GCM na região “vão tomar na testa”, destacando a necessidade de ação enérgica para conter agressões entre os dependentes de crack que frequentam a área.
“A GCM não vai com rosas tratar quem está agredindo alguém. Não vai. A GCM vai usar da sua expertise para garantir a segurança da pessoa e de nossos agentes”, declarou o prefeito, ressaltando que a atuação da guarda inclui o encaminhamento de dependentes para locais de atendimento médico mediante convencimento. Nunes também enfatizou que abusos de autoridade são severamente punidos, com a demissão de cinco GCMs somente neste ano.
Segundo Nunes, a GCM possui protocolos claros para o uso da força quando necessário, visando assegurar a segurança pública sem transgredir as normas estabelecidas. “Da nossa parte, não vamos permitir que ninguém transgrida as regras”, afirmou, destacando que o tratamento aos cidadãos inclui respeito e cordialidade.
O prefeito fez críticas indiretas à decisão judicial, sugerindo que há uma desconexão entre quem decide e a realidade enfrentada no dia a dia na Cracolândia. “A gente tem uma Controladoria muito contundente. Agora, o que é ruim é quem está de fora, no ar condicionado, querer analisar quem está lá, no dia a dia”, concluiu.
