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Parlamentares da oposição interpelaram o Ministério da Justiça em busca de esclarecimentos sobre a inclusão de perguntas relacionadas ao posicionamento político de servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante um curso obrigatório de Direitos Humanos. A polêmica veio à tona após reportagem da CNN Brasil, divulgada na quinta-feira (12).
O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Ceará (Sindprf-CE) emitiu uma nota de repúdio contra o questionário, que, segundo servidores que preferiram não se identificar à CNN, causou indignação e sensação de ameaça.
O Ministério da Justiça informou que ainda não recebeu os requerimentos dos parlamentares para esclarecimentos.
Em resposta, a PRF esclareceu que o Teste de Associação Implícita (TAI), que incluía as questões polêmicas, era de preenchimento facultativo e anônimo, e já foi suspenso do Curso de Direitos Humanos. A Universidade Corporativa da PRF (UniPRF) decidiu suspender o questionário por entender que poderia ser interpretado de maneiras não previstas.
Há possibilidade de convocação do Ministro Ricardo Lewandowski para explicar o caso na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Parlamentares como Alberto Fraga (PL-DF) e Bia Kicis (PL-DF) já protocolaram requerimentos acusando “assédio moral e perseguição política” e exigindo explicações do Ministério da Justiça.
“A inclusão dessas questões, mesmo que facultativas, representa um desrespeito aos servidores, pois envolvem questões pessoais de posicionamento político”, afirmou um dos documentos protocolados. “O foco do curso deveria ser exclusivamente na formação e aperfeiçoamento profissional, sem interferência em questões políticas individuais.”
Uma das perguntas que gerou controvérsia no curso solicitava que os servidores indicassem sua identidade política entre opções que variavam da extrema esquerda à extrema direita. Além disso, havia uma questão sobre afinidade partidária, com opções que incluíam partidos políticos variados.