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Médicos no Reino Unido foram alertados para suspender a administração simultânea de três medicamentos amplamente receitados, devido ao risco de “morte súbita” que essa combinação pode gerar. O aviso foi emitido após a trágica morte de Chloé Burgess, uma enfermeira descrita como “linda, generosa e carinhosa”, que sofreu uma parada cardíaca quatro anos após iniciar o uso desses medicamentos, de acordo com o portal britânico Daily Mail.
O Caso de Chloé Burgess
Chloé, de Southampton, já fazia uso de dois antidepressivos comuns em 2019 quando lhe foi prescrita a ivabradina — comercializada como Procoralan — para tratar um ritmo cardíaco irregular. Entretanto, os perigos dessa combinação não eram amplamente conhecidos pelos profissionais de saúde que a tratavam, conforme apontou o legista Nicholas Walker.
De acordo com o relatório de Walker, a interação entre os medicamentos aumentou os níveis de amitriptilina no sangue, o que, somado a um episódio de apneia do sono, causou uma “arritmia cardíaca severa e morte súbita”. Chloé usou a combinação de medicamentos por quatro anos sem apresentar preocupações evidentes até sua morte.
Medicamentos Sob Alerta
- Amitriptilina: antidepressivo tricíclico (TCA) vendido como Elavil. O NHS já alerta que pode causar sérios problemas cardiovasculares e deve ser evitado em pacientes com condições cardíacas.
- Paroxetina: antidepressivo SSRI vendido como Seroxat. Também desaconselhado para pacientes com problemas cardíacos devido ao risco de batimentos irregulares.
- Ivabradina: medicamento utilizado para tratar arritmias cardíacas, prescrito a Chloé devido a taquicardia sinusal e bloqueio do ramo esquerdo.
Falha em Alertas de Software
O legista destacou que os perigos da combinação entre amitriptilina, paroxetina e ivabradina “não são amplamente reconhecidos” e que os sistemas de prescrição usados na atenção primária ou por farmacêuticos não emitem alertas sobre essa interação.
Reforço na Formação dos Profissionais
Walker enfatizou que os médicos que prescrevem ivabradina devem ter uma “compreensão completa” das interações medicamentosas. Ele enviou seu relatório de Prevenção de Mortes Futuras ao Instituto Nacional para Excelência em Saúde e Cuidados (NICE), ao Formulário Nacional Britânico (BNF) e ao Colégio Real de Médicos, sugerindo ações para prevenir novos casos.
A trágica morte de Chloé destaca a importância de maior conscientização sobre interações medicamentosas potencialmente fatais e reforça a necessidade de melhorias nos sistemas de alerta para prescrições.
