Uma multidão se reuniu em frente ao Cras do Morro do Agudo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na manhã desta segunda-feira (15). A prefeitura da cidade pediu que os moradores fossem a uma das unidades para atualizar o cadastro de benefícios sociais. No entanto, houve tumulto e a Polícia Militar interveio. Moradores desmaiaram por conta do disparo de spray de pimenta.
De acordo com a prefeitura, muitas pessoas foram levadas ao local por conta de uma notícia falsa de que dinheiro seria distribuído para ajudar a população.
“Eu cheguei aqui ontem à noite. Dormi na fila. Não tem água, não tem comida e nem uma Samu. E eu peguei senha. A minha é 488. É revoltante, eu perdi tudo na minha casa. E a gente ainda tem que passar por essa humilhação neste sol quente”, disse uma moradora à TV Globo.
Muitos moradores afirmaram que perderam tudo em enchentes recentes e precisavam de ajuda. Algumas pessoas chegaram ao local no domingo (14). De acordo com o Governo do Estado, 300 pessoas estão desalojadas em Nova Iguaçu.
O governador Cláudio Castro (PL) disse, nesta segunda-feira (15), que chegou a 12 o número de mortos pelo temporal que atingiu o Rio de Janeiro no fim de semana. A última vítima encontrada é um morador do Chapadão, na Pavuna, na Zona Norte do Rio. Ele foi arrastado pela correnteza, e seu corpo foi achado no bairro São Matheus, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Uma pessoa segue desaparecida.
Foram três mortos em Nova Iguaçu, um em Belford Roxo, dois em Duque de Caxias, dois em São João de Meriti e três no Rio de Janeiro. Uma mulher está desaparecida após a queda de um veículo no Rio Botas, no trecho entre Nova Iguaçu e Belford Roxo.
Na capital, o metrô teve funcionamento restabelecido, e um hospital e nove unidades de atenção primária tiveram consultas suspensas pelos próximos dias.
