O número de americanos solicitando auxílio- desemprego aumentou na semana passada, com a alta da inflação e as altas taxas de juros começando a esfriar a economia dos EUA.
Os números divulgados na quinta-feira pelo Departamento do Trabalho mostram que os pedidos iniciais para a semana encerrada em 3 de dezembro subiram para 230.000, em relação aos 226.000 revisados para cima registrados na semana anterior. Isso está acima da média pré-pandêmica de 2019 de 218.000 reivindicações.
As reivindicações contínuas, apresentadas por americanos que estão recebendo benefícios de desemprego consecutivamente, subiram para 1,671 milhão na semana encerrada em 26 de novembro, um aumento de 62.000 em relação ao nível revisado da semana anterior. Ele marcou o nível mais alto de solicitações recorrentes de desemprego desde fevereiro, indicando que os trabalhadores que perderam seus empregos estão lutando para encontrar novos.
“Um aumento notável nas reivindicações de seguro-desemprego é evidente em comparação com as baixas cíclicas da primavera passada”, disse Jim Baird, CIO da Plante Moran Financial Advisors. “As reivindicações de desemprego caíram para escassos 166.000 em março passado, antes de subir nos meses seguintes. O aumento sustentado desde o início deste ano é material, mesmo que o aumento mais recente tenha sido limitado.”
Várias empresas notáveis, incluindo Amazon, Apple, Lyft, Meta Platforms e Twitter, anunciaram demissões nas últimas semanas.
Por meses, o mercado de trabalho permaneceu um dos poucos pontos positivos da economia: o relatório de empregos de novembro mostrou que os empregadores criaram 263.000 novos empregos no mês passado, um número sólido que sugere que as contratações continuam fortes.
Mas pode não durar muito: o Federal Reserve está elevando as taxas de juros no ritmo mais rápido em décadas, enquanto tenta conter a inflação descontrolada. Embora o mercado de trabalho ainda esteja saudável, os setores imobiliário e manufatureiro estão enfraquecendo e a inflação continua dolorosamente alta .
