A Polícia Federal (PF) encontrou R$ 800 mil em um cofre na casa de um coordenador financeiro de campanha de um político, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. O cofre foi achado na terça-feira (07) durante a Operação Talir e aberto nesta quarta-feira (08) na Superintendência Regional da corporação.
O cofre tinha R$ 500 mil em dinheiro e R$ 300 mil em cheques, segundo a PF. Um valor de R$ 90 mil e duas armas, sendo uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12, também foram apreendidas na residência.
Os valores em espécie teriam sido depositados em uma conta judicial. Os cheques foram unidos ao inquérito que investiga os crimes de lavagem de dinheiro, destinados a financiamento ilegal de campanhas eleitorais e compra de votos na última eleição.
A operação contra o coordenador é um desdobramento da “Operação Marcador”.
Deflagrada em outubro do ano passado em João Pessoa, São José do Sabugi e Teixeira, a “Marcador” teve como objetivo: obter provas sobre a origem e destino de R$ 173.600,00 apreendidos com material de campanha na véspera das Eleições 2022, após uma abordagem da PM e da PRF, feita depois de uma colisão no Sertão do estado.
Um dos cheques encontrados pela PF no cofre tem uma assinatura parecida com a que o deputado federal Murilo Galdino (Republicanos) usa em documentos oficiais.
Em entrevista ao Jornal da Paraíba, Galdino disse que não sabe o que está sendo investigado pela PF.
O parlamentar disse que a assinatura parece ser a dele e que acredita que o cheque pode ter sido usado em uma negociação com um empresário de carros. O deputado afirmou ainda que deixou de usar cheques há um tempo.
O nome do coordenador de campanha e o do candidato para o qual ele trabalhou não foram divulgados pela PF.