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Neste domingo (8), o ex-presidente boliviano Evo Morales voltou a apoiar as ações do grupo terrorista Hamas em Israel e qualificou a declaração do governo de Luis Arce como “tendenciosa” por não assumir a mesma posição.
Em um programa de rádio, Morales sustentou que a política da “revolução democrática e cultural” promovida pelo governo do Movimento ao Socialismo (MAS) “é em defesa da Palestina”.
“O Itamaraty (boliviano) emitiu uma nota, mas foi tendenciosa”, questionou o também presidente do MAS e afirmou que a declaração é mais um exemplo “do caráter direitista do governo” de Arce, que foi seu ministro da Economia.
Para Morales, “Israel é igual aos Estados Unidos, intervencionista, expansionista”, por isso considerou que “defender isso é inaceitável”.
“Nossa solidariedade, nosso repúdio e condenação desse tipo de intervenção e de declaração de guerra ao povo palestino”, disse ele.
O ex-governante, que está distanciado do presidente Arce, insistiu que “não é possível a um governo da revolução democrática e cultural emitir um documento tendencioso” no qual “não há defesa da Palestina”.
O ex-presidente boliviano reiterou posteriormente esses conceitos em mensagem publicada no Twitter.
Ontem, Morales também defendeu o grupo terrorista Hamas e condenou “as ações imperialistas e coloniais do governo sionista israelense”.
Durante seu governo, Morales decidiu em 2009 romper relações diplomáticas com Israel em solidariedade com a Palestina, argumentando que “crimes contra a humanidade” foram cometidos em Gaza durante esse período.
Em 2014, também determinou a exigência de visto para cidadãos israelenses entrarem na Bolívia, após considerar aquele país um “estado terrorista” devido aos seus ataques em Gaza.
No comunicado criticado pelo ex-presidente, o Itamaraty expressou na véspera sua “profunda preocupação com os acontecimentos violentos ocorridos na Faixa de Gaza entre Israel e a Palestina”.
Fez também um “apelo urgente à paz” e lamentou a “inação das Nações Unidas e do Conselho de Segurança” face ao sucedido.
Israel declarou este sábado estado de guerra depois de milícias palestinas da Faixa de Gaza, lideradas pelo grupo islâmico Hamas, terem lançado uma operação combinada com disparos de foguetes e infiltração em território israelita, num ataque surpresa e sem precedentes.
Segundo as últimas contagens oficiais, os ataques das milícias de Gaza a Israel já causaram mais de 700 mortos, enquanto na Faixa há 370 palestinos mortos, devido aos bombardeamentos lançados pelo Exército israelita em retaliação.
(Com informações da EFE)