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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vai sugerir que as distribuidoras de energia indenizem os cidadãos e os comerciantes prejudicados pela demora em religar a luz após o temporal da última sexta-feira na capital paulista. A reunião para tratar do assunto será realizada nesta segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes, e contará com a presença de representantes das distribuidoras, prefeitos das cidades afetadas e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A informação é da jornalista Raquel Landim, da CNN Brasil.
No fim da tarde deste domingo, 700 mil domicílios ainda estavam sem luz na grande São Paulo, mais de 60 horas depois das chuvas. A previsão era de normalização de 100% das atividades apenas na terça-feira.
Segundo interlocutores do governador, é preciso avaliar com cuidado para evitar quebra de contrato, mas é dever das empresas indenizar os prejuízos. A iniciativa do governo do Estado também não exclui a ação dos órgãos de defesa do consumidor e dos próprios clientes.
A Enel, responsável pelo fornecimento de luz na capital paulista, argumenta que triplicou o efetivo, mas não dispunha de pessoal especializado para fazer todas as religações. A CPFL também teve problemas no interior.
O temporal derrubou milhares de árvores e deixou quatro milhões de domicílios sem luz em todo o Estado. Por falta de luz, a Sabesp também teve que interromper o funcionamento de usinas de tratamento e faltou água em algumas regiões.
O Enem transcorreu normalmente neste domingo porque foi feito um mutirão para religar a luz das escolas afetadas ou atender com gerador. Apenas uma escola particular da zona leste da capital iniciou a prova apenas com luz natural, mas um gerador foi instalado às 16h30.
A Enel São Paulo informou que, até as 16h deste domingo, 66% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado já estavam com a energia restabelecida. A concessionária disse que o vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Os profissionais da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para praticamente a totalidade dos clientes até a próxima terça-feira.