O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu nesta quinta-feira (23), libertar nove dos 12 militares suspeitos de ter envolvimento na morte do músico Evaldo dos Santos Rosa e do catador materiais recicláveis Luciano Macedo no Rio de Janeiro. Eles estavam presos por ordem militar.
De acordo com a Polícia Civil o carro de Evaldo foi alvejado por um grupamento militar por aproximadamente 80 tiros. O músico morreu no local. Sua família também estava no carro, entretanto, conseguiram escapar. Segundo o delegado responsável pelo caso “tudo indica” confundiram o veículo com o de assaltantes.
O caso ocorreu no bairro de Guadalupe, Zona Norte da cidade, no dia 7 de abril. O sogro de Evaldo foi baleado nos glúteos e Luciano Macedo, que passava no local e tentou ajudar a família, também foi atingido e morreu no hospital.
Mais alta Corte da Justiça Militar, o STM é formado por 15 ministros, sendo quatro integrantes do Exército, três da Marinha, três da Aeronáutica e cinco civis. O presidente do tribunal só vota em casos de empate.
Nesta semana, o vice-presidente da corte, Barroso Filho devolveu o processo para julgamento, e a análise do caso, que estava suspenso desde o dia 8 de maio, foi retomada na tarde desta quinta. No julgamento desta tarde, mais seis magistrados do STM acompanharam a corrente favorável à soltura dos militares.
Os outros três militares que participaram da ação já haviam sido libertados por ordem da Justiça respondem ao processo em liberdade. Dois deles dirigiam as viaturas que transportava os militares.
