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Após perder R$ 76,4 bilhões da economia prevista com a reforma da Previdência em dez anos, a equipe econômica vai refazer as contas do projeto do novo pacto federativo, informa Estadão.
De acordo com fontes do governo, a ordem do ministro da Economia, Paulo Guedes, é compensar cada bilhão perdido na Previdência no projeto que refaz a divisão dos recursos arrecadados entre União, Estados e municípios.
O plenário do Senado aprovou a reforma em primeiro turno na noite de terça-feira, 1, mas a votação de um destaque pela manutenção das regras atuais para o abono salarial desidratou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de R$ 876,7 bilhões para R$ 800,3 bilhões.
De acordo com interlocutores de Guedes, a aprovação do texto principal da reforma foi muito comemorada, mas o clima no gabinete do ministro mudou com redução do impacto fiscal da medida. Em reunião nesta quarta-feira, 2, para tratar do novo pacto federativo, o ministro determinou que o troco para desidratação da Previdência venha nesse projeto.
A ideia é reforçar a responsabilidade e o compromisso da equipe econômica com o equilíbrio fiscal da União, mesmo com a perda de R$ 76,4 bilhões imposta pelos senadores.
Guedes também teria afirmado que cada dia de atraso da votação do segundo turno da Previdência significa atrasos no pacto, já que os técnicos da pasta terão de recalibrar as contas e alterar os textos.
Além disso, o Senado ainda pode promover alterações no texto da reforma da Previdência que drenariam mais de R$ 200 bilhões da economia esperada com a proposta em uma década. Segundo fontes do governo, se os senadores ampliarem a desidratação da reforma, Guedes poderá até mesmo desistir do novo pacto federativo. A avaliação na pasta é de que desidratação de R$ 200 bilhões na Previdência inviabiliza a apresentação do novo pacto.