A crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o HSBC registrou queda de 69% do lucro recorrente no primeiro semestre de 2020 na comparação anual, totalizando para US $ 3,1 bilhões, informou o banco nesta segunda-feira (3). Segundo a instituição financeira, as tensões entre China e EUA criam situações desafiadoras para uma organização com presença no HSBC.
Veja o relatório divulgado pelo banco:
“Nosso desempenho no primeiro semestre foi impactado pela pandemia do Covid-19, queda das taxas de juros, aumento do risco geopolítico e aumento da níveis de volatilidade do mercado. Apesar disso, nossa franquia na Ásia mostrou resiliência e nosso negócio de Mercados Globais apresentou forte crescimento comparado com o primeiro semestre do ano passado. Tendo pausado partes de nosso programa de transformação em resposta ao surto de Covid-19, agora pretendemos acelerar a implementação dos planos que anunciamos em fevereiro. Também estamos analisando quais ações adicionais precisamos leve em conta o novo ambiente econômico para tornar o HSBC um negócio mais forte e sustentável. ”
“As atuais tensões entre China e EUA inevitavelmente criam situações desafiadoras para uma organização com presença no HSBC. Nós vamos
enfrentar quaisquer desafios políticos que surjam com foco nas necessidades de longo prazo de nossos clientes e nos melhores interesses de nossos investidores.
• O lucro antes dos impostos caiu 69%, para US $ 3,1 bilhões, e o lucro antes dos impostos caiu 65%, para US $ 4,3 bilhões, devido a perdas de crédito e outros encargos por redução ao valor recuperável (‘ECL’) e menor receita. O lucro reportado no 1S20 também incluiu US $ 1,2 bilhão comprometimento de intangíveis de software, principalmente na Europa.
• Na Ásia, registramos lucro antes dos impostos de US $ 7,4 bilhões no 1S20, apesar do aumento da ECL, demonstrando a força e a continuidade resiliência de nossas operações na região e sublinhando a importância da Ásia para o Grupo. Taxas ECL mais altas impactou significativamente a lucratividade em nossos mercados em todo o mundo, principalmente em nossas operações na Europa.
• Receita reportada caiu 9%, para US $ 26,7 bilhões, refletindo o impacto das reduções da taxa de juros, bem como os impactos adversos do mercado na vida fabricação de seguros e ajustes adversos de avaliação no Global Banking and Markets (‘GBM’), notadamente no 1T20. Esses fatores
mais do que compensar uma receita mais alta nos mercados globais.
• Margem de juros líquida (‘NIM’) de 1,43% no 1S20, queda de 18 pontos base (‘bps’) em relação ao 1S19. O NIM no 2T20 foi de 1,33%, queda 21bps em relação ao 1T20, refletindo principalmente o impacto inicial da redução nas taxas de juros devido ao surto de Covid-19.
• A ECL reportada aumentou em US $ 5,7 bilhões para US $ 6,9 bilhões devido ao impacto do surto de Covid-19 e às perspectivas econômicas futuras, e devido a um aumento nos encargos relacionados a clientes atacadistas específicos. ECL (anualizado) como porcentagem da média dos empréstimos brutos e os adiantamentos a clientes foram de 1,33% no 1S20, enquanto a provisão de ECL para empréstimos e adiantamentos a clientes aumentou de US $ 8,7 bilhões em 31 de dezembro de 2019 para US $ 13,2 bilhões em 30 de junho de 2020.
• As despesas operacionais reportadas caíram 4%, apesar de um prejuízo de US $ 1,2 bilhão em intangíveis de software. Despesas operacionais ajustadas
caiu 5%, apesar do investimento contínuo, devido a salários mais baixos relacionados ao desempenho e custos discricionários reduzidos.
• No 1S20, os empréstimos diminuíram US $ 18 bilhões em uma base relatada. Em uma moeda constante, os empréstimos aumentaram US $ 12 bilhões, refletindo clientes corporativos utilizando linhas de crédito novas e existentes e depositando-as novamente para aumentar os saldos de caixa no 1T20, que foi parcialmente compensado por pagamentos no 2T20. Os depósitos cresceram US $ 93 bilhões em uma base relatada e US $ 133 bilhões em uma constante moeda, com crescimento em todos os negócios globais, inclusive mediante o depósito de empréstimos de esquemas apoiados pelo governo.
• Índice de capital ordinário de nível 1 (‘CET1’) de 15,0%, um aumento de 30bps em relação ao 4T19, como um capital de CET1 mais alto, que incluía uma aumento do cancelamento do dividendo no 4T19 e da atual suspensão de dividendos sobre ações ordinárias, mais do que compensou a
impacto do crescimento de ativos ponderados pelo risco (‘RWA’
