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Voos domésticos pré-pandemia
O mercado de voos domésticos do Brasil dá sinais de recuperação. O número de voos atingiu quase 68% da malha pré-pandemia do novo coronavírus em julho. No mês passado, era 51%. De acordo com especialista do setor, uma dos fatores que estimulou a retomada foi o avanço da vacinação contra a Covid-19.
Segundo a Folha de S.Paulo, com informações da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a alta surpreendeu.
O crescimento já vinha sendo registrado desde abril deste ano, quando estava em cerca de 36% da média de voos antes da pandemia. Contudo, o avanço acontecia de forma gradual e foi mais acentuado no mês de julho.
“Os outros fatores que contribuíram também são consequência da vacinação. Por exemplo, as pessoas retomando viagens de lazer porque têm férias escolares também tem o impulso da vacina”, explicou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, ao jornal.
O executivo disse ainda que o mercado de aviação doméstica acredita que o trabalho remoto vá criar um novo tipo de consumo no pós-pandemia.
“Tem o público de lazer e tem um novo que é aquele que pode se deslocar por trabalhar remotamente. É um viajante corporativo, mas é híbrido”, afirmou. “Há outra tendência de um público novo que vai repor aquele viajante puramente corporativo, que não vai voltar”, falou.
Segundo Sanovicz, quem antes pegava um avião “para fazer uma viagem de 4 horas e voltar”, hoje cumpre os compromissos de forma remota. “Acredito que isso não volta, mas deve ser substituído por esse novo público que pode viajar meio home office. Com uma curiosidade interessante: esse público não vai ser sazonal”, disse.
O setor está esperançoso em relação aos meses seguintes. No entanto, o presidente da Abear cita a necessidade da retomada dos eventos corporativos para que os voos domésticos voltem aos níveis considerados normais.
“Se não houver nenhuma complicação, os números vão continuar subindo. E vai se acelerar em direção ao 100% quando voltarem as feiras, congressos e convenções“, afirmou.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) prevê recuperação total do mercado de transporte aéreo só em 2023. A expectativa, segundo as projeções publicadas em maio deste ano, é que o número global de passageiros cresça 5% em comparação com 2019 e supere a marca de 4 bilhões.
Para 2021, a associação prevê um recuo em comparação aos números anteriores à pandemia, com o total de clientes do setor representando 52% do observado em 2019.