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O presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, afirmou que não vê constrangimento com elogios recebidos, alguns de forma irônica, por bolsonaristas. A declaração foi dada nesta sexta-feira (18) em entrevista à Folha de S. Paulo.
Na conversa, ele disse inclusive que é possível fazer alianças pontuais com a direita. O PCO é um partido de extrema-esquerda, adepto do marxismo-leninismo.
“Em alguns casos, você poderia atuar em conjunto com esses setores”, afirma Rui Costa Pimenta, que comanda uma legenda com cerca de 5.000 filiados e que nunca elegeu ninguém para nenhum cargo.
“Acho natural, é um ponto de intersecção que existe. Assim como há setores de direita que são nacionalistas. Nós defendemos também, somos anti-imperalistas. Em alguns casos, você poderia atuar em conjunto com esses setores”, disse o político ao comentar sobre “bolsonaristas” elogiando o PCO nas redes sociais.
“Não teria problema, porque nós consideramos que a implementação de qualquer um desses pontos será favorável ao povo brasileiro”, disse Pimenta ao comentar sobre pauta de armas e liberdade de expressão.
Candidato a presidente quatro vezes, ele afirmou que dessa vez o partido apoiará o ex-presidiário Lula (PT), mesmo torcendo o nariz para seu provável vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin.
Na entrevista, ele ainda disse que há muitos “pontos de contato” entre liberais e marxistas: “Há muitos. Os liberais são uma expressão determinada da democracia burguesa. Os marxistas partem de uma democracia popular. Há uma raiz em comum. O pessoal não deveria estranhar isso”.