O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU como integrante permanente. A declaração de Lavrov foi dada nesta terça-feira (26) durante coletiva de imprensa.
O chanceler russo estava acompanhado do secretário-geral da ONU, António Guterres, que está em Moscou em sua 1ª visita desde o início da guerra na Ucrânia.
Lavrov disse ainda que a Índia e um representante do continente africano deveriam fazer parte do órgão.
“O mundo é multipolar e países em desenvolvimento tem sido sub-representados no Conselho de Segurança”, disse. De acordo com o chanceler russo, a integração de outros países seria uma maneira de diminuir o “unilateralismo” do Ocidente.
Perguntado sobre a resolução que discute acabar com o poder de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança, o chanceler russo rejeitou a questão.
Ele disse que o veto “não vai desaparecer”. “Eu posso confirmar que o direito ao veto é um dos pilares das Nações Unidas. Sem esse direito, a ONU colapsará”, disse.
Lavrov, porém, apoiou uma reforma da ONU com a inserção de novos membros. Segundo o chanceler, os EUA “quer o mundo unipolar”, por isso, “algo deve ser feito para impedir a pressão” de potências do Ocidente sobre outros países. A ampliação do Conselho de Segurança seria uma das medidas para ele.
Dos 15 membros integrantes do Conselho de Segurança apenas 5 possuem assentos permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
O Brasil passou a integrar o órgão em janeiro de 2022. O mandato como integrante não permanente durará até 2023.