Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendeu o pedido da Polícia Federal (PF) contra empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) apenas com base na reportagem do Metrópoles.
A informação é do jornal Folha de S. Paulo. Nenhuma outra diligência preliminar foi realizada antes de Moraes autorizar as medidas de busca e apreensão.
Os empresários estão sendo acusados de defender um golpe de Estado, por meio de um grupo de WhatsApp, caso o ex-presidiário Lula (PT) vença as eleições deste ano.
As mensagens foram obtidas pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. Após a divulgação das mensagens, participantes do grupo negaram qualquer “intenção golpista”.
Segundo informações do jornal, “as medidas solicitadas tinham o objetivo de investigar e paralisar imediatamente qualquer eventual tipo de financiamento em andamento de ações antidemocráticas”.
A decisão de Moraes é mantida em sigilo e não há prazo para o segredo de Justiça cair.
De acordo com relatos, as citações nas mensagens aos atos convocados para o 7 de Setembro por Bolsonaro foram levadas em conta na escolha das buscas pela PF.
O entendimento de pessoas que participam da investigação da PF “é que, se comprovada atuação dos empresários para organizar ou financiar qualquer ato contra o Estado Democrático de Direito, se trata de mais um evento da associação criminosa investigada no inquérito das milícias digitais”.
“Por esse motivo, o pedido foi feito dentro dessa investigação de relatoria de Moraes”.
O jornal apurou que essas medidas mais invasivas foram as escolhidas pela necessidade de acesso com rapidez ao conteúdo das mensagens para comprovar ou não a ação dos empresários.
A escolha pela busca, no entanto, se deu pelo fato de o objetivo buscado pelos investigadores ser alcançado de uma forma mais rápida.
A conta feita é que a quebra telemática “demoraria mais tempo e poderia não permitir o acesso ao conteúdo das conversas, uma vez que nem sempre eles ficam armazenados na nuvem dos usuários”.
Além das buscas para avançar na apuração e comprovar ou não a atuação dos empresários, as outras medidas simultâneas pedidas pela PF, como a quebra de sigilo e bloqueio bancário dos empresários, pretendem estancar qualquer ação para organizar ou financiar atos contra o Estado Democrático de Direito.