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Israel começou a inundar alguns túneis em Gaza com água do mar como um novo passo na sua ofensiva contra o Hamas. A cidade está cada vez mais dizimada pelo avanço das tropas israelenses.
A prática está sendo levada a cabo com cautela e é o primeiro teste do que, se for bem-sucedida, poderá se expandir para o resto dos centenas de quilômetros de passagens subterrâneas usadas por terroristas no enclave palestino.
O Exército israelense não confirmou a informação até o momento, mas o chefe das Forças de Defesa, Herzi Halevi, disse que “é uma boa ideia”, embora não tenha comentado os detalhes. De qualquer forma, relatórios de Washington sugerem que as inundações começaram em novembro.
Essa nova ofensiva, mais silenciosa que os bombardeios, ainda não convenceu totalmente as tropas israelenses, que continuam a avaliar os primeiros resultados para determinar se, de fato, funciona da forma que esperam.
A rede de túneis do Hamas em Gaza se estende por aproximadamente 500 quilômetros e tem entradas em todo o enclave, mesmo nos locais mais improváveis, como escolas, mesquitas e hospitais. Isso permite que os terroristas se movam com maior impunidade e discrição, e evitem ser alvo de ofensivas israelenses.
No entanto, as tropas de Tel Aviv conseguiram localizar grande parte desses túneis, tendo cancelado quase 500 poços e localizado outros 800 “localizados em áreas civis”.
Graças a isso, interromperam diversas operações inimigas e obrigaram os terroristas a fugir, primeiro do norte e, agora, também do sul.
Em qualquer caso, Israel deve ser extremamente cauteloso nesse caso, já que continua incapaz de resolver seu segundo grande objetivo nesta guerra: trazer os reféns para casa. Após o fim da trégua, mais de 130 civis ficaram sob o controle do Hamas, forçados a permanecer privados de sua liberdade em condições desumanas.
Apesar dos esforços da inteligência de Tel Aviv, os soldados ainda não conseguiram encontrar nenhum dos múltiplos esconderijos onde se acredita que estejam trancados, muitos deles nos túneis.
Paralelamente, a comunidade internacional continua a apelar ao fim dos ataques ao enclave, algo que Israel continua a não aceitar, dado que isso apenas fortaleceria o Hamas face a futuros massacres e não resolveria as ameaças à sua segurança nem garantiria o retorno seguro dos reféns.
Nesta terça-feira (12), a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por esmagadora maioria uma resolução não vinculativa que exige um cessar-fogo humanitário imediato que o Conselho de Segurança não realizou até agora em nenhuma das suas reuniões.
Ainda na semana passada, os membros do Conselho se reuniram e debateram sobre o assunto, mas a sessão terminou sem um pedido firme, uma vez que os Estados Unidos usaram mais uma vez seu poder de veto.
Em vez de parar as operações, Israel tenta satisfazer os principais atores internacionais com outras medidas humanitárias, como a recente abertura da passagem Kerem Shalom, que acelera a inspeção dos caminhões que entram em Gaza. Assim, nas últimas horas, foram verificadas cerca de 80 remessas.