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A dívida pública federal brasileira fechou 2023 em R$ 6,520 trilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional na tarde desta terça-feira (30). Ela subiu 3,09% em dezembro ante novembro. Em 2022, a dívida pública estava em R$ 5,9 trilhões.
Apesar do crescimento em relação ao ano de 2022, o valor registrado no ano passado ficou dentro do intervalo previsto pelo próprio governo: entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
Desde 2014, com exceção de 2022, o governo federal vem obtendo déficits primários, quando os gastos superam a arrecadação com impostos, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.
Em 2023, o resultado negativo ficou em R$ 230,5 bilhões, o equivalente a 2,1% do PIB, de acordo com o Tesouro.
O estoque da dívida brasileira cresceu R$ 568,9 bilhões em 2023, cerca de 9,6% em relação ao ano anterior.
De acordo com o Tesouro, o aumento é explicado pelos juros que o governo federal teve que assumir para continuar se financiando, no valor de R$ 607,7 bilhões.
O valor de apropriação de juros foi parcialmente compensado no ano passado pelo resgate líquido de R$ 38,8 bilhões em títulos. Quando há resgate líquido, significa que os resgates superaram as emissões.
