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A Justiça Militar da União (JMU) acatou a denúncia contra quatro militares e quatro civis por seu envolvimento direto ou indireto no furto de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército de Barueri, na Grande São Paulo. Os réus incluem o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-diretor da unidade, bem como um primeiro-tenente e dois cabos. A decisão foi divulgada após uma reportagem da GloboNews nesta quarta-feira (28).
Na sexta-feira (23), dois militares foram detidos pelo Exército após uma decisão da Justiça Militar. Desde então, eles permanecem presos no 2º Batalhão de Polícia do Exército, em Osasco, na Grande São Paulo. As defesas dos acusados não foram localizadas para comentar sobre o caso.
Ademais, o Exército optou por aplicar sanções administrativas a 38 militares, que receberam punições variando de um a 20 dias de prisão disciplinar, dependendo da patente e do grau de envolvimento. Essas medidas foram iniciadas em novembro do ano passado.
Das 21 metralhadoras furtadas, 19 foram recuperadas, enquanto as outras duas ainda estão sendo procuradas.
Segundo o inquérito militar, o roubo das armas ocorreu em 7 de setembro de 2023, entre 14h30 e 15h, conforme apontado por análises de câmeras de segurança e rastreamento.
Os militares envolvidos arrombaram um cadeado e um lacre no depósito de armas do Arsenal de Guerra, desativando o alarme do local. Em seguida, as armas foram colocadas na caçamba de uma caminhonete, disfarçadas sob uma capa, e retiradas do depósito. A saída do veículo ocorreu sem intercorrências, beneficiada pela falta de revista devido a uma ordem do primeiro-tenente Cristiano Ferreira, o que contraria os regulamentos internos do Exército.
Embora o inquérito não tenha confirmado a participação direta do primeiro-tenente no furto, ele está sendo processado por negligência. Da mesma forma, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi exonerado de seu cargo como diretor do Arsenal da Guerra após a confirmação do desvio das armas, mas permanece no Exército, atualmente lotado na Diretoria de Fabricação.
A denúncia aceita pela Justiça Militar divide os militares entre aqueles com participação direta no furto e os com participação indireta, por negligência ou inação.
Além dos militares, quatro civis também enfrentam acusações por receptação, alguns ligados ao Comando Vermelho. Um deles, ainda, teria sido responsável pelo planejamento do furto e pelo contato com membros da facção criminosa para a venda das armas.
Os acusados poderão responder por diversos crimes, incluindo furto, peculato e receptação, com penas variadas conforme o Código Penal Militar. A Justiça Militar segue com as investigações para esclarecer completamente o caso e responsabilizar os envolvidos.