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O Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, e afirmou que “uma guerra torna um acidente nuclear mais possível”.
Em conversa com a imprensa, Grossi disse que era indispensável viajar para a Rússia para expressar suas opiniões e ouvir o presidente russo.
“É um momento delicado porque a guerra torna um acidente nuclear mais possível e precisamos de moderação. Também discutimos outras questões relacionadas à não proliferação nuclear, como Irã e outros no Oriente Médio”, disse Grossi.
Putin, por sua vez, mostrou-se disposto nesta quarta-feira a garantir a segurança nuclear ao receber Rafael Grossi.
“Estamos, é claro, prontos para fazer todo o possível para garantir a segurança em qualquer ponto em que estejamos de alguma forma relacionados à energia nuclear”, disse Putin no início da reunião no resort de Sochi (Mar Negro).
Putin reconheceu que a agenda de Grossi inclui vários assuntos “especialmente sensíveis”, em clara referência à usina de Zaporizhzhia, sob controle russo em território ucraniano.
Além disso, ele mostrou-se disposto a discutir “qualquer assunto” com o chefe da AIEA, enquanto elogiava o argentino pelos passos dados para fortalecer a cooperação com a Rússia.
Por sua vez, Putin destacou que a Rússia é uma das líderes na esfera nuclear, que é uma energia limpa, e enfatizou que Moscou está fazendo todo o possível para “aumentar a segurança das instalações atômicas”.
“Gostaríamos de compartilhar nossos avanços com todos os parceiros interessados”, acrescentou durante o encontro, que contou com a presença do chefe da agência atômica russa, Rosatom, Alexei Likhachev.
Grossi considerou a reunião “extremamente importante” e lembrou que o último encontro com o líder russo ocorreu há 18 meses em São Petersburgo.
“Penso que tudo o que aconteceu desde então demonstra ainda mais a oportunidade desta reunião (…) Há desafios e questões delicadas”, disse.
Além disso, ele destacou a longa conversa que teve esta manhã com Likhachev, na presença de especialistas da AIEA e da Rosatom, que foi principalmente focada em minimizar os riscos para a usina de Zaporizhzhia, a maior da Europa.
“A situação em Zaporizhzhia continua sendo muito precária”, garantiu Grossi na segunda-feira durante um discurso perante o Conselho de Governadores desta agência das Nações Unidas.
Em uma entrevista posterior à imprensa, Grossi disse que o pessoal da AIEA destacado na usina informou que a atividade militar em seus arredores aumentou no fim de semana passado, o que significa, segundo ele, que “a integridade física da instalação ainda está em risco”.
As tropas russas intensificaram nas últimas semanas sua ofensiva para recuperar o território perdido no norte da região sul de Zaporizhzhia, cuja capital está sob controle ucraniano.
A última visita de Grossi à Rússia para discutir a situação na central de Zaporizhzhia ocorreu há um ano.
(Com informações da EFE)