Por volta das 6h desta quarta-feira (24), cerca de 90 alunos da Universidade Brown, nos Estados Unidos, estabeleceram um acampamento em apoio à Palestina nas instalações do campus. Em resposta, a universidade declarou que tal ação viola suas políticas e que os alunos envolvidos serão sujeitos a medidas disciplinares.
Este movimento coloca a instituição na crescente lista de universidades da Ivy League nos EUA que têm realizado protestos contra os conflitos entre Isrel e Hamas em Gaza.
Até as 8h da manhã, mais de 20 barracas já pontilhavam o gramado principal do campus em Providence, Rhode Island, com aproximadamente 75 alunos participantes.
Um porta-voz da universidade, em entrevista à NBC News, afirmou que o estabelecimento do acampamento nos “gramados históricos e residenciais da universidade” representa uma violação das políticas da instituição.
Os alunos que tomaram parte na ação foram avisados de que enfrentariam procedimentos disciplinares. O porta-voz também mencionou ter recebido relatos de violência, assédio e intimidação em alguns desses acampamentos.
Os manifestantes estão demandando que a universidade desvincule-se de empresas associadas ao governo israelense, seguindo as recomendações de um relatório de 2020 elaborado pelo Comitê Consultivo sobre Responsabilidade Corporativa em Práticas de Investimento.
Esse documento preconiza o “desinvestimento de empresas que facilitam a ocupação israelense do território palestino”.
Além disso, os alunos estão solicitando que a universidade proteja a “liberdade de expressão no campus” e retire as acusações contra os 41 alunos detidos durante um protesto ocorrido em 11 de dezembro nas instalações da instituição.
