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A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,9% no trimestre encerrado em março, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
Em comparação com o trimestre anterior, que registrou uma taxa de desocupação de 7,4%, houve um aumento de 0,5 ponto percentual. Em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa era de 8,8%, observa-se uma diminuição. Apesar do aumento, o resultado do primeiro trimestre representa a melhor performance para esse período desde 2014 (7,2%) e fica abaixo das projeções do mercado financeiro, que estimavam 8,1%.
O número absoluto de desocupados cresceu 6,7% em relação ao trimestre anterior, alcançando 8,6 milhões de pessoas. Por outro lado, houve uma queda de 8,6% na comparação anual.
A população ocupada registrou uma queda de 0,8% no primeiro trimestre de 2024, totalizando 100,2 milhões de pessoas. No entanto, ao longo do ano, houve um aumento de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desocupação se deve à redução na ocupação, um padrão sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano.
O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, conhecido como nível de ocupação, foi estimado em 57%, apresentando uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,9 ponto percentual.
O número total de pessoas na força de trabalho, que inclui ocupados e desocupados, registrou um aumento de 1,5%, totalizando 108,8 milhões. Enquanto isso, a população fora da força de trabalho permaneceu estável em relação ao período anterior, totalizando 66,9 milhões.
Os dados destacam que 3,6 milhões de pessoas estão desalentadas, enquanto 37,98 milhões possuem emprego com carteira assinada, 13,4 milhões estão empregadas sem carteira assinada, 25,4 milhões são trabalhadores por conta própria, 5,9 milhões são trabalhadores domésticos e 38,9 milhões são trabalhadores informais, resultando em uma taxa de informalidade de 38,9%.
O destaque positivo da pesquisa foi a estabilidade do emprego com carteira assinada, atingindo um recorde histórico de 37,984 milhões de empregados neste grupo, mesmo com um aumento que representa estabilidade estatística.
No que diz respeito ao emprego sem carteira assinada, houve uma leve redução, que o IBGE considera como estabilidade, passando de 13,5 milhões para 13,4 milhões neste trimestre.
Entre os trabalhadores informais, houve uma redução de 589 mil pessoas, representando uma queda de 1,5%.
Quanto aos rendimentos, o rendimento real habitual teve um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.123. No acumulado do ano, o crescimento foi de 4%. Por sua vez, a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 308,3 bilhões, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e crescendo 6,6% na comparação anual.