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A Ucrânia estabeleceu um escritório administrativo militar na região russa de Kursk, onde continua sua incursão surpresa em território russo. O anúncio foi feito principal comandante militar ucraniano nesta quinta-feira (15).
O general ucraniano Oleksandr Syrsky afirmou que o gabinete tem o objetivo de manter a lei e a ordem e atender às necessidades imediatas da população local.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Syrsky, em reunião presidida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, declarou que o escritório foi criado nos territórios controlados pela Ucrânia.
Em resposta, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, anunciou o envio de reforços para salvaguardar a população da região.
A Ucrânia também relatou avanços adicionais em sua incursão, com tropas ucranianas a 35 km dentro da região de Kursk, onde controlam 1.150 km² de território, incluindo 82 assentamentos.
Esta é a incursão mais profunda da Ucrânia na Rússia desde o início da invasão em grande escala por Moscou em 2022.
Apesar das ações militares, Kiev afirmou que não tem interesse em tomar território russo. A incursão, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhiy Tykhy, é uma tentativa de pressionar Moscou a concordar com a restauração de uma paz justa.
Diante da situação, autoridades russas preparam medidas adicionais para proteger a população e a infraestrutura em áreas fronteiriças com a Ucrânia, incluindo a melhoria da gestão de tropas na região de Belgorod, vizinha a Kursk.
O plano, segundo a agência de notícias Interfax, também será aplicado às regiões de Kursk e Bryansk, todas fazendo fronteira com a Ucrânia.
A Rússia declarou estado de emergência de nível federal na região de Belgorod, evacuando 11.000 pessoas do distrito de Krasnaya Yaruga.
Moscou, no entanto, alega ter recapturado parte dos territórios perdidos, incluindo o assentamento de Krupets, na região de Kursk.
Paralelamente, uma fonte do Reino Unido confirmou à BBC Internacional que tanques fornecidos pelo país foram utilizados durante a incursão russa na Ucrânia. Embora o Ministério da Defesa do Reino Unido não tenha comentado oficialmente sobre o uso específico de suas armas, reiterou que a Ucrânia tem o direito claro de utilizar os armamentos fornecidos para autodefesa contra ataques ilegais da Rússia.
O Reino Unido, um dos primeiros países a fornecer tanques de batalha ocidentais modernos para a Ucrânia, entregou 14 tanques Challenger 2 no ano passado, com o objetivo de apoiar a ofensiva ucraniana para recapturar seu próprio território. O ministério ressaltou que não houve mudanças na política de apoio.