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O CEO e fundador do Telegram, Pavel Durov, foi solto nesta quarta-feira (28) após quatro dias de interrogatório sobre alegações de que o aplicativo de mensagens está sendo usado para atividades ilegais.
Durov foi detido no sábado no aeroporto Le Bourget, nos arredores de Paris, como parte de uma investigação judicial aberta no mês passado envolvendo 12 supostas violações criminais.
“Um juiz de instrução encerrou a detenção policial de Pavel Durov e o levará ao tribunal para uma primeira apresentação e uma possível acusação formal”, disse um comunicado do gabinete do procurador de Paris.
As alegações contra Durov, nascido na Rússia e cidadão francês, incluem que sua plataforma está sendo usada para material de abuso sexual infantil e tráfico de drogas, fraude e auxílio a transações de crime organizado, e que o Telegram se recusou a compartilhar informações ou documentos com investigadores quando exigido por lei.
A prisão de Durov na França causou indignação na Rússia, com alguns funcionários do governo o chamando de motivado politicamente e prova do padrão duplo do Ocidente em relação à liberdade de expressão. A indignação chamou a atenção de críticos do Kremlin porque, em 2018, as próprias autoridades russas tentaram bloquear o aplicativo Telegram, mas falharam, retirando a proibição em 2020.
No Irã, onde o Telegram é amplamente usado apesar de ser oficialmente proibido após anos de protestos desafiando a teocracia xiita do país, a prisão de Durov na França levou a comentários do líder supremo da República Islâmica. O aiatolá Ali Khamenei elogiou veladamente a França por ser “rigorosa” contra aqueles que “violam sua governança” da internet.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse na segunda-feira que a prisão de Durov não era uma ação política, mas parte de uma investigação independente. Macron postou no X que seu país “está profundamente comprometido” com a liberdade de expressão, mas que “as liberdades são mantidas dentro de um marco legal, tanto nas redes sociais quanto na vida real, para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais”.