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Um novo estudo com 200 mil britânicos aponta que pessoas que são irmãs mais novas têm maior probabilidade de se identificarem como gays. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Melbourne, descobriu que ter irmãos e irmãs mais velhos está associado à orientação sexual, uma relação que já havia sido identificada entre homens e irmãos mais velhos, mas que agora se estende também a irmãs mais velhas.
Os cientistas observaram que quanto mais irmãos mais velhos um homem tiver, maior a probabilidade de se identificar como homossexual. O estudo revelou que ter pelo menos um irmão mais velho está associado a um aumento de 10% nas chances de homossexualidade, enquanto o número é de 5% para homens com irmãs mais velhas.
Por outro lado, a mesma relação não foi observada entre lésbicas e irmãos mais velhos. Além disso, o número de irmãos não afetou a probabilidade de uma pessoa se identificar como bissexual. Curiosamente, a pesquisa indicou que aqueles sem irmãos eram significativamente mais propensos a se tornarem assexuados ao longo da vida, ou seja, a não sentirem atração sexual.
Os pesquisadores analisaram dados do UK Biobank, um estudo de longo prazo sobre saúde e estilo de vida de centenas de milhares de britânicos. Os participantes foram questionados sobre sua sexualidade, revelando que homens com três irmãos mais velhos eram 41% mais propensos a se identificarem como gays. Aqueles com cinco irmãos mais velhos apresentaram uma probabilidade de cerca de 8%, quatro vezes maior do que a média masculina.
Embora os resultados sejam intrigantes, os cientistas ainda buscam entender a razão desse fenômeno. Uma teoria conhecida como “hipótese da imunidade materna” sugere que, após o nascimento de um menino, proteínas entram na corrente sanguínea da mãe, provocando a produção de anticorpos que influenciam o desenvolvimento sexual dos filhos subsequentes. Esses anticorpos maternos se acumulam ao longo das gestações com fetos masculinos.
Um estudo de 2017 apoiou essa teoria, afirmando que “mães de filhos gays possuem mais anticorpos que atacam proteínas específicas masculinas, em comparação com mães de filhos que não são gays ou que não têm filhos homens”, segundo Dr. Scott Semenyna, professor assistente do Departamento de Psicologia da Universidade MacEwan, no Canadá. No entanto, essa teoria foi desenvolvida antes da descoberta da relação entre irmãs mais velhas e homossexualidade.
“Claro que podem existir outras explicações. Pesquisas futuras poderão esclarecer isso melhor”, afirmou Kabátek, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.