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A execução de Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no último dia 8 de novembro, continua sendo investigada a fundo. A polícia está conduzindo uma análise detalhada da lista de passageiros do voo que trouxe Gritzbach de Maceió a São Paulo, com a possibilidade de membros da facção criminosa estarem envolvidos diretamente no assassinato.
Conforme relatou a TV Globo, a força-tarefa, que envolve a Polícia Federal (PF), a Polícia Civil e promotores criminais, investiga se um “olheiro” do PCC estava a bordo do voo, monitorando o trajeto do delator. De acordo com fontes da investigação, há uma suspeita crescente de que a facção estava acompanhando Gritzbach, desde sua chegada em Maceió até o momento em que desembarcou no Aeroporto de Guarulhos.
Segundo os investigadores, a execução teria sido meticulosamente planejada. Há indícios de que um integrante do PCC pode ter viajado com Gritzbach, com a missão de garantir que ele chegasse ao aeroporto e, principalmente, vigiar sua movimentação até o momento exato em que foi executado. No desembarque, Gritzbach foi surpreendido por dois homens mascarados, que se aproximaram em um carro preto e o assassinaram com 10 tiros.
Além da verificação da lista de passageiros, as autoridades alagoanas estão cooperando nas investigações. Uma equipe de inteligência está revisitando os locais que Gritzbach visitou em Alagoas, refazendo seu trajeto e analisando imagens de câmeras de segurança, incluindo de hotéis e da orla de Maceió.
O delator, de 38 anos, tinha em sua bagagem mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor, o que levanta especulações sobre o possível motivo da sua ida a Maceió. A polícia acredita que ele teria ido à cidade cobrar uma dívida, mas também investiga se houve falhas no esquema de segurança privada que o acompanhava.
Quatro policiais militares foram contratados para fazer a segurança de Gritzbach, mas, segundo relato dos próprios PMs, nenhum deles estava presente no momento do assassinato. Dois carros seriam responsáveis por buscá-lo, mas um teve problemas mecânicos e o outro precisou retornar. A polícia está investigando se essas falhas foram acidentais ou propositalmente forjadas.
Gritzbach, que havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo, estava colaborando com a justiça e forneceu informações que levaram à prisão de dois policiais civis. Entre as denúncias, ele acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de pedir dinheiro para não implicá-lo no assassinato de um membro do PCC.
Na terça-feira (12), a força-tarefa afastou oito policiais militares investigados por envolvimento no caso, após denúncias de que estariam fazendo a segurança particular de Gritzbach. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o envolvimento das autoridades no crime, e o promotor Lincoln Gakiya, que participou das negociações do acordo de delação, confirmou que o delator se recusou a entrar no programa de proteção oferecido pelo Ministério Público.
As investigações seguem em curso, com a polícia focada em desvendar os detalhes por trás da execução de um dos mais importantes delatores do PCC.