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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, manifestou-se nesta quinta-feira (14) contra uma proposta de redução da jornada de trabalho, afirmando que a medida prejudicaria os trabalhadores ao elevar o custo das contratações e fomentar o aumento da informalidade. A proposta em questão, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), sugere o fim do regime de 6 dias de trabalho e 1 de folga, conhecido como 6×1, além de reduzir a jornada semanal máxima de 44 para 36 horas.
“O projeto dos 6 por 1 é bastante prejudicial para o trabalhador, porque vai aumentar o custo do trabalho e elevar a informalidade”, argumentou Campos Neto, destacando que a mudança poderia impactar negativamente a produtividade do país.
A PEC de Erika Hilton defende que a redução da carga horária semanal e o fim da jornada 6×1 são necessárias para alinhar o Brasil às práticas trabalhistas modernas, promovendo um equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida. No entanto, a proposta gerou amplo debate nas redes sociais e dividiu opiniões.
Participando por videoconferência do 12° Fórum Liberdade e Democracia de Vitória, realizado pelo Instituto Líderes do Amanhã, em São Paulo, Campos Neto também enfatizou a importância de um ajuste fiscal por parte do governo para garantir uma economia com juros sustentáveis a longo prazo.
“É difícil ter juros estruturais mais baixos se o fiscal não estiver organizado”, afirmou Campos Neto. “Se a gente não entender que precisamos fazer o ajuste do lado dos gastos, acabamos fazendo… com que os prêmios de risco fiquem mais altos”, completou, apontando que o equilíbrio nas contas públicas é essencial para reduzir o custo do crédito e manter a estabilidade econômica do país.