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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou o arquivamento da denúncia envolvendo a venda e posterior devolução de uma aeronave pelo cantor Gusttavo Lima ao empresário Darwin Henrique da Silva, da empresa Esportes da Sorte.
O caso faz parte da Operação Integration, que investiga a lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de jogos de azar na internet. De acordo com o MPPE, não há provas que justifiquem o indiciamento do cantor.
A investigação teve início após a negociação de uma aeronave modelo Cessna Aircraft 560XLS, vendida pela empresa do artista para a Esportes da Sorte. Segundo o MPPE, toda a transação foi documentada, incluindo as movimentações bancárias, o que não indicaria prática de crimes de lavagem de dinheiro. Além disso, não foram encontrados indícios de ocultação ou dissimulação de bens ou valores, nem de que Gusttavo Lima soubesse que os recursos utilizados na compra do avião eram provenientes de atividades ilícitas.
O empresário Darwin Henrique da Silva Filho é investigado por supostamente utilizar pagamentos e transferências financeiras para influenciadores e operadoras de recursos com o objetivo de lavar dinheiro do jogo do bicho e de apostas esportivas, atividades proibidas por lei. A Operação Integration revelou que a aeronave negociada com Gusttavo Lima foi devolvida à sua empresa após alegações de problemas na turbina e, posteriormente, revendida aos proprietários da casa de apostas Vai de Bet, sediada em Campina Grande, na Paraíba.
Mesmo com a apreensão de bens de alto valor ligados ao cantor e à empresa Balada Eventos e Produções Ltda, o delegado responsável pelo caso destacou que não há comprovação de atos de lavagem de dinheiro envolvendo a PIX 365 Soluções Tecnológicas, marca com a qual Gusttavo Lima e sua empresa passaram a ser sócios, detendo 25% da participação, a partir de julho de 2024.
O MPPE recomendou que o inquérito sobre as relações comerciais de Gusttavo Lima, da Balada Eventos e da PIX 365 Soluções Tecnológicas com a empresa Vaidebet e seus proprietários, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta, além da Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos e seus sócios, Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha, seja remetido à Comarca de Campina Grande, sede da empresa de apostas.
Por fim, o MPPE afirmou que aguarda o resultado de novas diligências solicitadas à Polícia Civil para decidir sobre eventuais denúncias contra outros investigados na Operação Integration.