Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou, nesta semana, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e sua esposa, Cynthia Giglioli Herbas Camacho, por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A decisão reformou a absolvição concedida em primeira instância, que havia apontado falta de provas para a condenação.
A condenação foi baseada em relatórios técnicos elaborados pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil e em contratos relacionados a locações e compras de imóveis. Segundo o acórdão, o casal utilizava o salão de beleza “Divas Hair” como fachada para dissimular recursos ilícitos.
“Marcos Willians e sua esposa Cynthia mantêm um estabelecimento comercial de fachada com o propósito de dar aparência lícita a recursos de origem ilícita, por meio das etapas clássicas de lavagem de dinheiro: colocação, ocultação e integração”, afirmou o relator do caso no TJ-SP.
O relatório apontou movimentações financeiras incompatíveis com a estrutura modesta do salão, registrado com um capital social de apenas R$ 1 mil. Entre os dados revelados, destacam-se 102 depósitos em dinheiro, cada um no valor de R$ 1 mil, realizados ao longo de 2018. Além disso, as operações de crédito e débito somaram mais de R$ 3,5 milhões no período investigado.
“A informalidade dos valores depositados é típica da prática de lavagem de dinheiro”, destacou o desembargador, ressaltando a tentativa do casal de dissimular a origem ilícita dos recursos como sendo fruto de atividades do salão.
Com a revisão da decisão, Marcola foi condenado a 6 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. Já Cynthia recebeu uma pena de 4 anos, a ser cumprida em regime aberto.