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“O general Geisel não foi eleito, eu fui“, disse o vice-presidente, general Hamilton Mourão, aplaudido em pé em Harvard ao responder pergunta sobre o papel dos militares na política brasileira.
Questionado em uma conferência em Boston, o vice-presidente da República, general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), comentou a atuação do general Ernesto Geisel como presidente na época da ditadura. Ele apontou que teve como diferença o apoio da população.
“Vamos olhar o seguinte: o general Geisel não foi eleito. Eu fui”, recordou. Imediatamente, Mourão foi aplaudido de pé pelos presentes. O vice-presidente também foi ovacionado ao final do debate.
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Segundo o estudante de doutorado de Harvard Fernando Bizarro, que fez a pergunta, no governo Geisel havia a percepção de que “governar não era tarefa para as Forças Armadas” e que a transição à democracia teria sido promovida pelo general para “preservar a unidade e a legitimidade das Forças Armadas”. O estudante perguntou por que a lição que Geisel aprendeu não se aplicava a Mourão.
Segundo Mourão, ele e Bolsonaro entendem que, se o governo “falhar, errar demais”, “essa conta irá para as Forças Armadas”. Por isso, segundo ele, logo após as eleições, ele e Bolsonaro conversaram sobre a responsabilidade de recolocar os militares no centro do poder, quando o presidente teria dito: “nós não podemos errar”.
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