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Pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais do país convocaram protestos para esta quarta-feira (15) contra o bloqueio de 30%. O contingenciamento foi anunciado no último dia 30 pelo Ministério da Educação.
Cientistas e pesquisadores de diversas instituições e estudantes de faculdades privadas também vão aos protestos convocados. É o caso, por exemplo, de PUC-SP e Mackenzie.
Além da comunidade do ensino superior, a rede básica também aderiu à paralisação. Pelo menos 33 dos principais colégios particulares de São Paulo vão integrar o movimento, apesar da federação nacional das escolas sugerir corte de ponto de funcionários faltosos.
A Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual pública de São Paulo, o maior da América Latina, convocou os professores a paralisarem — o mesmo foi feito pelos sindicatos da rede paulistana.
Entidades estudantis e sindicais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), também convocaram manifestações.
Em Brasília, o prédio do MEC já amanheceu nesta terça-feira cercado por homens da Força Nacional de Segurança Pública. O secretário executivo da pasta, Antoni Paulo Vogel, afirmou que a proteção foi pedida pelo governo federal. “Temos de estar preparados para evitar qualquer tipo de problema. Simples assim.”
Abraham Weintraub disse também que as universidades precisam deixar de ser tratadas como “torres de marfim”. Ele não descartou novos contingenciamentos.
Pela manhã, afirmou que está sendo perseguido desde que assumiu a pasta, em abril. “Estou sendo caçado com taco de beisebol e machadinha. O inimigo número 1 de tudo”, disse. “Estou sendo moído.”
Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a convocação do minisro por 307 votos a favor e 82 contra. Weintraub deve comparer ao plenário às 15 horas desta quarta-feira.
*Com informações do Estadão Conteúdo